O TEA, assim como muitos transtornos e o atraso no desenvolvimento, é um fenômeno naturalmente complexo e, por isso, demanda manejos específicos em toda a rede de tratamento. O importante é contribuir para aproximar essa tríade paciente-família, clínica e escola, com uma metodologia própria e individualizada.

Ao longo dos anos, estudos em Psicologia têm demonstrado a necessidade da intervenção precoce em crianças com transtornos ou atrasos no desenvolvimento, a fim de proporcionar-lhes uma adaptação aos espaços de convivência, melhorando a qualidade de vida deles e das pessoas que lhe são próximas.

Por outro lado, a educação no mundo contemporâneo tem favorecido o desenvolvimento de habilidades e competências das crianças e jovens, com vistas não apenas à formação acadêmica, mas ao desenvolvimento dos aspectos socioemocionais e, sobretudo, na construção de um projeto de vida, exigindo assim um olhar coletivo sobre o indivíduo. Por isso, tanto a legislação educacional (como, por exemplo, a nova BNCC – Base Nacional Curricular Comum) quanto as abordagens psicopedagógicas atuais – como as inteligências múltiplas de Gardner ou alguns achados neurocientíficos – abriram novas perspectivas para o processo de ensino e aprendizagem.

Sabemos que cada pessoa é única, singular, com capacidades, sentimento e emoções particulares. Sabemos também que cada comportamento aprendido contribuirá para uma vida mais completa e de sucesso. Nesse sentido, é essencial apoiar as famílias e as escolas na construção do projeto de vida para essas crianças com transtornos e atrasos no desenvolvimento, por meio de um método próprio: a Terapia com Intervenções Intensivas Multidisciplinares – TIIM.

A multiplicidade interventiva da TIIM aproxima o paciente da realidade socioemocional de uma maneira leve e espontânea, possibilitando desenvolver suas habilidades e competências para o mundo social que compartilhamos atualmente.

Ou seja, vários olhares por diversos pontos de vista, esse é nosso objetivo.